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Criação de Sites, Desenvolvimento de Aplicativos

Brasil movimenta US$ 1,5 bi na indústria de aplicativos

Brasil movimenta US$ 1,5 bi na indústria de aplicativos

Jornal GGN - Uma das principais oportunidades para a economia criativa está no mercado de aplicativos. Atualmente, existem 5 bilhões de celulares e mais de 500 milhões de tablets no mundo. As duas principais distribuidoras, a App Store e o Google Play, já registram mais de 100 bilhões de downloads por ano.

Há duas maneiras de mensurar a receita desse mercado. A relação entre consumidores e distribuidores – por meio da compra de aplicativos pagos e conteúdos premium para aplicativos gratuitos – forma parte desse montante, algo em torno de US$ 20 a US$ 25 bilhões por ano. Mas a parte mais expressiva está nas relações publicitárias entre as empresas: se levarmos em conta as redes de publicidade móveis, o mercado movimenta, facilmente, mais de US$ 100 bilhões por ano. Para efeito de comparação, o mercado de cinema movimenta algo em torno de US$ 30 bilhões por ano.

O Brasil tem muito espaço para se desenvolver nesse segmento. Atualmente, somos responsáveis por 1,5 a 2% do total mundial de downloads. Com US$ 1,5 bilhão de faturamento anual, o Brasil é apenas o 11° país mais lucrativo do mundo. No entanto, possuímos uma população conectada à internet de 118 milhões de pessoas, número superior, por exemplo, às 101 milhões do Japão, que aparece em terceiro lugar no ranking mundial por receita.

De acordo com Fernando Teco Sodré, CEO da consultoria Ikewai, os aplicativos que estão se sobressaindo no mercado e ganhando mais dinheiro são aqueles que adotam o modelo freemium. Ou seja, que estão disponíveis para download gratuitamente, mas disponibilizam conteúdos exclusivos pagos. Ele explica que outro modelo que funciona é o de avaliação gratuita com renovação paga.

As categorias que lideram o ranking por receita são: jogos, redes sociais, música, educação e entretenimento. “As categorias que ainda não descobriram como usar freemium ficaram pra trás e as que mais usam são campeãs de receita”, afirmou Teco Sodré.

Ele lembra que um dos maiores financiadores da indústria de entretenimento digital no Brasil é o Ministério da Educação (MEC), “por meio do Programa Nacional do Livro Didático, que prevê a obrigatoriedade de objetos digitais de aprendizagem”. Mas entende que o país precisa avançar na criação de políticas públicas que contemplem exclusivamente o setor. “Não existe uma indústria de entretenimento digital hoje no Brasil porque não temos faculdades e nem políticas públicas”.

Cássio Spina, presidente da organização de fomento de investimentos Anjos do Brasil, afirma que esse é um mercado extremamente desafiador. “A barreira de entrada é muito pequena. Hoje em dia qualquer garoto cria um app, mas fazer um app de sucesso é muito difícil. Tanto que 90% deles não chegam a gerar sequer US$ 1 mil de receita acumulada”.

Ele entende que a visão do Brasil tem que ser de futuro. “É preciso ir além, principalmente com pesquisa e desenvolvimento. Não interessa pra mim o dia de hoje. É preciso trabalhar pra daqui a cinco, seis, oito anos”, diz.

A primeira distribuidora de aplicativos, a App Store, da Apple, foi criada há apenas seis anos. “É um mercado muito jovem, com alto potencial de rentabilidade, mas não há garantias. Empresas que entraram cedo no mercado já quebraram, não adianta olhar pra trás. As desenvolvedoras e os investidores que quiserem fazer parte dessa indústria precisam ter resiliência e saber trabalhar com incertezas”.

Data Postada: 14/10/2016
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